A humanidade contemporânea necessita de novos valores. Aqui a abordagem não irá contradizer, em momento algum, a ideia de Martin Heidegger: o homem é “um ser para a morte” até porque ele está se referindo ao tempo, o finito do ser, mas, apenas complementar e atualizar o modo de ver a filosofia da existência numa visão mais atualizada, refletindo sobre a vida para melhor entendimento da superação do vazio ético que incomoda o Ser da Natureza.
Para conhecer melhor o princípio da generalização do mundo físico ao qual estamos vivendo, é preciso considerar, sem dúvida, o desenvolvimento progressivo das revoluções dos sistemas científicos e filosóficos do Ocidente, a partir do século XVII. No começo foi com René Descartes, e daí a escassez das questões metafísicas do “Ser”, por que os interesses eramde levar em conta as consideraçõesdas investigações dos objetos da natureza, para trazer novas soluções para a vida através do conhecimento científico. Mas, com o tempo veio a pergunta sobre o ser e sua natureza. No final do século XIX, e durante o século XX até aos nossos dias, vale repensaro critério da humanidade, levantando objeções axiológicas e ontológicas, ou seja, questionamentos sobre a existência do Ser humano e sua conduta com relação à vida do planeta futuramente.
A filosofia existencial do século XX é considerada a definidora da humanidade, de modo que o Ser deva saber o seu ciclo vital: início e término. É preciso encontrar em si mesmo o sentido de sua existência. A expressão verbal“ousar” ajudará na recriação de novos valores existenciais. A moralidade e a liberdade se montam juntas conduzindo o ser à felicidade. É obter mais finalidades pelo agir e cooperar com o progresso mutante da revolução tecnológica. E, ser o sujeito-ator de toda a arte com autonomia, vivendo o ideal do cotidiano, à base do dinamismo em si, pela ideia de estar construindo tal liberdade por ser um conhecedor das novidades imediatas da vida no domínio sobre as mesmas, isto é, dar sentido a caminhada vocacional diante das mudanças progressivas e revolucionária.
Neste ponto, considera Immanuel Kant o conceito do Imperativo Categórico como o dever e,se aprecia o resultado do livre-arbítrio individual.Ele supõe agir com base em uma máxima que também possa ter validade como uma lei universal. Com o Imperativo da responsabilidade, Hans Jonas vai além de Kant, ressalta o valor necessário; só depende da ação, e nem sempre o ser considerado bom é aquele que procura ser bom, mas o que age bem em virtude do bem em si mesmo, sem a finalidade própria, e sim para a comunidade, para o planeta.
No princípio de responsabilidade Jonas deseja de que exista uma humanidade verdadeira disposta a assumir o “tu deves” e, esta solução é definida para fundamentar a estrutura da ética da civilização tecnológica.Tanto pela vida da natureza, da pessoa quanto a da ecologia. A nossa responsabilidade no dinamismo confiado à humanidade, partirá do dever de cada sujeito na busca da autonomia, de que deve ter para com toda a humanidade futura, o respeito.
A responsabilidade requer ainda, o esforço competente da formação de consciência racional e protagonista fora do benefício puramente individual.O dever do responsável é, porém, com bem comum e universal na pluralidade. É nesta situação que os filósofos Kant, Heidegger e Jonas pretendem ver a plenitude da vida da humanidade. O objetivo maior de nossos dias talvez seja a preocupação com relação à humanidade e a ecologia, no exagero do sistema tecnológico a sobrepor à sensibilidade do Ser humano. A humanidade há de continuar a conservar sua potencialidade e seus valores. E, por conseguinte, a vitória do homem foi e sempre será autenticamente confiada a Deus. Entretanto, uma razão pela fé nos leva a um novo paradigma de pés no chão.
Alexandre Satil
Seminarista, 3º ano de filosofia
diocese de Caratinga
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