32 anos de carinho por nossa casa
É sabido por todos o carinho que dom Hélio tem pelo Seminário. Não é um carinho expresso por palavras, grandes discursos. Só percebem os que são objetos diretos dessa relação. Os que dependem diretamente da sua generosidade, colaboração, doação, disponibilidade. O seminário goza de uma estabilidade estrutural e financeira. Pode se gabar de seu investimento em formação de qualidade. Isto requer recursos.

Existe outra coisa. Mais importante. Requer mais abertura e disposição. Desta ele falava. A oração. Na sua forma devocional. O terço, as orações da Liturgia das Horas. É para poucos. Reza todos os dias pelos seminaristas. Não raras vezes essa ação é praticada entre nós mesmos. No corredor. Sussurrando para não incomodar. Indo lá, voltando cá. Certificando-se. É o seu jeito de zelar.
Nas celebrações na casa sempre enfatizou o caráter vocacional-formativo. Nunca se esqueceu da necessidade de trabalhar o ser humano em todas as suas dimensões. A dimensão comunitária: “ninguém é padre sozinho”, “me lembro de todos os meus colegas”. A dimensão humano-afetiva.
A dimensão intelectual, disse na missa que celebrou no dia 4 de março: “interiormente sinto uma alegria sem tamanho ao saber que muitos padres que hoje trabalham na diocese se formaram aqui. E ainda em ver todos vocês aqui. Aproveitem, levem a sério, respeitem a formação”. A dimensão espiritual “todo mês eu conversava com meu diretor espiritual”.
Tudo na sua possibilidade. Alguns momentos importantes da diocese se realizaram no seminário, como as assembleias diocesanas e os retiros do clero. Sempre com sua participação. É uma ligação afetiva. Um desejo de que o espaço físico se converta num espaço de crescimento, amadurecimento, organização e de relação.
Não se sabe ainda ao certo que rumo tomará a maneira de conduzir o seminário. Temos um novo pastor. São ideias novas, sonhos, projetos. Pode ser um jeito diferente de conduzir. É a riqueza da Igreja. O que há de certo nisso é que qualquer postura que se tome há uma boa base lançada, estruturada, segura. Permite-se alçar vôos.
O seminário tem 53 anos, fez no dia 1º de março, 32 anos sob a orientação de dom Hélio. Tem a sua cara. Não poderia ser diferente.
O que fica para nós, os seminaristas? Fica a imagem de um pastor zeloso para com a Sagrada Liturgia. Um homem de uma fé inabalável. Fica a imagem de alguém apaixonado por Maria, companheira das suas viagens. Firme nas suas convicções. Seguro de que fazia o melhor para sua Igreja diocesana. Nunca se esquecerá a dedicação para com dom José Heleno, irmão para o qual ele dispensa todo o cuidado.
Brota a necessidade de agradecer. Ser gratos pelo seu esforço “deu tudo de si mesmo”. Lembrou-se na sua missa aqui no dia 04 que o acompanharemos na sua emeritude. Nas orações de maneira especial. Certamente o agradecimento e reconhecimento ficarão mais visíveis com o tempo. À medida que se der conta de que sua maneira de lidar com o seminário foi importante. Fez tudo por causa do Reino de Deus.
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