terça-feira, 17 de maio de 2011

OBRIGADO PELO ZELO

32 anos de carinho por nossa casa


É sabido por todos o carinho que dom Hélio tem pelo Seminário. Não é um carinho expresso por palavras, grandes discursos. Só percebem os que são objetos diretos dessa relação.  Os que dependem diretamente da sua generosidade, colaboração, doação, disponibilidade. O seminário goza de uma estabilidade estrutural e financeira. Pode se gabar de seu investimento em formação de qualidade. Isto requer recursos.
Não se tornou, como poderia, um grande instituto, reconhecido. É exclusivo da formação dos futuros padres. Fechado? Aberto para muitas outras dioceses. Nunca foi exclusividade da diocese de Caratinga. Gov. Valadares, Guanhães, Oliveira, Araçuaí.  São muitos os que se beneficiaram, na medida em que contribuíram, da abertura que nasce do apreço que dom Hélio tem pelo seminário.
Existe outra coisa. Mais importante. Requer mais abertura e disposição. Desta ele falava. A oração.  Na sua forma devocional. O terço, as orações da Liturgia das Horas. É para poucos. Reza todos os dias pelos seminaristas. Não raras vezes essa ação é praticada entre nós mesmos. No corredor. Sussurrando para não incomodar. Indo lá, voltando cá. Certificando-se. É o seu jeito de zelar.
Nas celebrações na casa sempre enfatizou o caráter vocacional-formativo. Nunca se esqueceu da necessidade de trabalhar o ser humano em todas as suas dimensões. A dimensão comunitária: “ninguém é padre sozinho”, “me lembro de todos os meus colegas”. A dimensão humano-afetiva.
 A dimensão intelectual, disse na missa que celebrou no dia 4 de março: “interiormente sinto uma alegria sem tamanho ao saber que muitos padres que hoje trabalham na diocese se formaram aqui. E ainda em ver todos vocês aqui. Aproveitem, levem a sério, respeitem a formação”. A dimensão espiritual “todo mês eu conversava com meu diretor espiritual”.
Tudo na sua possibilidade. Alguns momentos importantes da diocese se realizaram no seminário, como as assembleias diocesanas e os retiros do clero. Sempre com sua participação. É uma ligação afetiva. Um desejo de que o espaço físico se converta num espaço de crescimento, amadurecimento, organização e de relação.
Não se sabe ainda ao certo que rumo tomará a maneira de conduzir o seminário. Temos um novo pastor. São ideias novas, sonhos, projetos. Pode ser um jeito diferente de conduzir.  É a riqueza da Igreja. O que há de certo nisso é que qualquer postura que se tome há uma boa base lançada, estruturada, segura. Permite-se alçar vôos.
O seminário tem 53 anos, fez no dia 1º de março, 32 anos sob a orientação de dom Hélio. Tem a sua cara. Não poderia ser diferente.
O que fica para nós, os seminaristas? Fica a imagem de um pastor zeloso para com a Sagrada Liturgia. Um homem de uma fé inabalável. Fica a imagem de alguém apaixonado por Maria, companheira das suas viagens. Firme nas suas convicções. Seguro de que fazia o melhor para sua Igreja diocesana. Nunca se esquecerá a dedicação para com  dom José Heleno, irmão para o qual ele dispensa todo o cuidado.
Brota a necessidade de agradecer. Ser gratos pelo seu esforço “deu tudo de si mesmo”. Lembrou-se na sua missa aqui no dia 04 que o acompanharemos na sua emeritude. Nas orações de maneira especial. Certamente o agradecimento e reconhecimento ficarão mais visíveis com o tempo. À medida que se der conta de que sua maneira de lidar com o seminário foi importante. Fez tudo por causa do Reino de Deus. 

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