Minha querida e já amada porção do Povo de Deus na Diocese de Caratinga; filhos diletos do novo Presbitério a mim por Deus confiado.
Ainda me encontro como que cansado de uma longa viagem, com a cabeça meio confusa no turbilhão dos últimos acontecimentos, em nível eclesial com o telefonema do Sr. Núncio Apostólico, falando da minha nomeação pelo Santo Padre para bispo da Diocese de Caratinga (dia 26 de janeiro, de manhã) e pedindo meu assentimento: e, em nível diocesano, nesta mesma noite, em que fiquei sem dormir, a notícia, antes das 6 h, da morte de um padre do meu presbitério, depois de um longo sofrimento com câncer. Neste tempo “pai” e “filho” sofrem juntos, não é mesmo?!
Na verdade, um “anúncio” (uma nomeação) pode tirar o chão, onde a gente está pisando. Dois, deixam a gente perturbado. Mas não foi perturbação semelhante, que a Santíssima Virgem Maria sentiu, diante do inesperado anúncio do Arcanjo Gabriel? “Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação” (Lc 1, 29). O Arcanjo consolou Maria e ela disse um Sim corajoso: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Longe de mim comparar o meu sim com o SIM de nossa Mãe querida. Pobre de mim, tão frágil e cheio de pecados! Refiro-me apenas à confusão mental e, apesar disso, a força interior que o Senhor também me concedeu, para responder sim imediatamente ao seu chamado.
Depois vieram as insônias, mas isso não significa dúvida, medo ou coisa parecida; apenas frutos dos impactos recebidos. Fiz este pequeno prefácio, apenas para vocês sentirem comigo o peso do sim dos discípulos apaixonados pela causa do Reino. No fundo, a minha fé é forte e cheio de firmeza o meu sim, mas reconheço a pequenez e fragilidade do meu ser. Mas é verdade que o Senhor chama os pequenos para confundir os grandes, escolhe os fracos para envergonhar os fortes.
Assim, querido e já amado povo de Deus da Diocese de Caratinga, filhos queridos do meu novo presbitério, se saio chorando com saudade intensa da queridíssima Diocese de Guanhães, chegarei sorrindo, com a graça de Deus, para a minha nova missão. Apesar da minha pobreza e pequenez, levo comigo o coração dilatado, cheio de ternura para com todos vocês. Ternura (do latim teneritia) aponta para um afeto interior, vivido com participação viva, afetuosa e dinâmica. É com esta abertura interior que quero abraçar todos vocês. Aliás, o meu lema, no meio de vocês, será o mesmo: “A serviço da misericórdia”. A palavra latina “misericórdia” é esta abertura do coração para o carente, o necessitado (e quem não é necessitado?). Se esta palavra já é linda em latim, mais rica ainda é aquela hebraica (rachamim), que indica as entranhas de misericórdia do Pai, a comoção de suas entranhas. O verbo grego correspondente para mostrar a compaixão, o amor misericordioso de Jesus é splanknizomai. É com este amor visceral que quero amar todos vocês. O termo hebraico, citado acima, deriva de rechem, que significa útero, órgão gerador de vida. Não é outra coisa que desejo realizar entre vocês: gerar vida. Jesus mesmo disse que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).
Quero levar esta minha saudação amorosa a todos e todas, sem exceção, mesmo que eu me esqueça de enumerá-los aqui: desde as crianças, dando impulso à Pastoral da Criança, até os idosos (a melhor idade), por quem tenho profunda reverência. Quero saudar as crianças da catequese, os adolescentes, os jovens da crisma, os estudantes, os universitários, os casais (casados ou não no religioso), os viúvos e viúvas, as pessoas com deficiência, seja ela de qualquer tipo, os queridos seminaristas, sempre pupila dos meus olhos, o meu novo Presbitério com seus padres e diáconos, a quem dedicarei todo o meu carinho; todas as pastorais, todos os movimentos, os amados e amadas religiosos e religiosas professas ou em formação. Plagiando Ct 2, 16: “O meu amado é todo meu e eu sou dele”, ouso dizer: “Eu serei todo de vocês e vocês serão um povo todo meu”. Não é outra a função do Bom Pastor e é um bom pastor que desejo ser para todos vocês.
Desde o dia 26 de janeiro (dia do telefonema do Sr. Núncio Apostólico) rezo fervorosamente por todos vocês; e, hoje, quero pedir, implorar e mendigar as preces incessantes de todos vocês, para que o Senhor (sem o qual nada podemos fazer) venha em socorro da minha incompetência e fraquezas, para que eu não impeça que as graças abundantes que brotam do coração amoroso do Pai possam fluir generosas para o íntimo de todos vocês na alegria do Espírito Santo para que vocês se tornem cada vez mais apaixonados por Aquele que, vindo para servir e não para ser servido, derramou seu sangue para a salvação de todos nós. Que a Virgem Maria, a mãe do SIM, nos acompanhe a todos nessa nova caminhada.
Ainda me encontro como que cansado de uma longa viagem, com a cabeça meio confusa no turbilhão dos últimos acontecimentos, em nível eclesial com o telefonema do Sr. Núncio Apostólico, falando da minha nomeação pelo Santo Padre para bispo da Diocese de Caratinga (dia 26 de janeiro, de manhã) e pedindo meu assentimento: e, em nível diocesano, nesta mesma noite, em que fiquei sem dormir, a notícia, antes das 6 h, da morte de um padre do meu presbitério, depois de um longo sofrimento com câncer. Neste tempo “pai” e “filho” sofrem juntos, não é mesmo?!
Na verdade, um “anúncio” (uma nomeação) pode tirar o chão, onde a gente está pisando. Dois, deixam a gente perturbado. Mas não foi perturbação semelhante, que a Santíssima Virgem Maria sentiu, diante do inesperado anúncio do Arcanjo Gabriel? “Ela perturbou-se com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação” (Lc 1, 29). O Arcanjo consolou Maria e ela disse um Sim corajoso: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Longe de mim comparar o meu sim com o SIM de nossa Mãe querida. Pobre de mim, tão frágil e cheio de pecados! Refiro-me apenas à confusão mental e, apesar disso, a força interior que o Senhor também me concedeu, para responder sim imediatamente ao seu chamado.
Depois vieram as insônias, mas isso não significa dúvida, medo ou coisa parecida; apenas frutos dos impactos recebidos. Fiz este pequeno prefácio, apenas para vocês sentirem comigo o peso do sim dos discípulos apaixonados pela causa do Reino. No fundo, a minha fé é forte e cheio de firmeza o meu sim, mas reconheço a pequenez e fragilidade do meu ser. Mas é verdade que o Senhor chama os pequenos para confundir os grandes, escolhe os fracos para envergonhar os fortes.
Assim, querido e já amado povo de Deus da Diocese de Caratinga, filhos queridos do meu novo presbitério, se saio chorando com saudade intensa da queridíssima Diocese de Guanhães, chegarei sorrindo, com a graça de Deus, para a minha nova missão. Apesar da minha pobreza e pequenez, levo comigo o coração dilatado, cheio de ternura para com todos vocês. Ternura (do latim teneritia) aponta para um afeto interior, vivido com participação viva, afetuosa e dinâmica. É com esta abertura interior que quero abraçar todos vocês. Aliás, o meu lema, no meio de vocês, será o mesmo: “A serviço da misericórdia”. A palavra latina “misericórdia” é esta abertura do coração para o carente, o necessitado (e quem não é necessitado?). Se esta palavra já é linda em latim, mais rica ainda é aquela hebraica (rachamim), que indica as entranhas de misericórdia do Pai, a comoção de suas entranhas. O verbo grego correspondente para mostrar a compaixão, o amor misericordioso de Jesus é splanknizomai. É com este amor visceral que quero amar todos vocês. O termo hebraico, citado acima, deriva de rechem, que significa útero, órgão gerador de vida. Não é outra coisa que desejo realizar entre vocês: gerar vida. Jesus mesmo disse que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10, 10).
Quero levar esta minha saudação amorosa a todos e todas, sem exceção, mesmo que eu me esqueça de enumerá-los aqui: desde as crianças, dando impulso à Pastoral da Criança, até os idosos (a melhor idade), por quem tenho profunda reverência. Quero saudar as crianças da catequese, os adolescentes, os jovens da crisma, os estudantes, os universitários, os casais (casados ou não no religioso), os viúvos e viúvas, as pessoas com deficiência, seja ela de qualquer tipo, os queridos seminaristas, sempre pupila dos meus olhos, o meu novo Presbitério com seus padres e diáconos, a quem dedicarei todo o meu carinho; todas as pastorais, todos os movimentos, os amados e amadas religiosos e religiosas professas ou em formação. Plagiando Ct 2, 16: “O meu amado é todo meu e eu sou dele”, ouso dizer: “Eu serei todo de vocês e vocês serão um povo todo meu”. Não é outra a função do Bom Pastor e é um bom pastor que desejo ser para todos vocês.
Desde o dia 26 de janeiro (dia do telefonema do Sr. Núncio Apostólico) rezo fervorosamente por todos vocês; e, hoje, quero pedir, implorar e mendigar as preces incessantes de todos vocês, para que o Senhor (sem o qual nada podemos fazer) venha em socorro da minha incompetência e fraquezas, para que eu não impeça que as graças abundantes que brotam do coração amoroso do Pai possam fluir generosas para o íntimo de todos vocês na alegria do Espírito Santo para que vocês se tornem cada vez mais apaixonados por Aquele que, vindo para servir e não para ser servido, derramou seu sangue para a salvação de todos nós. Que a Virgem Maria, a mãe do SIM, nos acompanhe a todos nessa nova caminhada.
Dom Emanuel Messias de Oliveira
Guanhães, 16 de fevereiro de 2011.